segunda-feira, 30 de março de 2009

Matéria com suíte - Redação Jornalística I

ATIVIDADE : Matéria com suíte com até 3.500 caracteres, desenvolvida na disciplina de Redação Jornalística I - professor Adriano Comin

CASO: Estupro e aborto no Pernambuco
Obs: Consultados sobre a publicação da referida matéria os três entrevistados não permitiram a divulgação de seus nomes e fotos fora do contexto universitário, por este motivo, terei que mudar o nome dos entrevistados e da cidade onde desenvolvi a atividade.
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ABORTO
EXCOMUNHÃO NÃO SERIA ADOTADA POR PADRE DE OPACITY

Médicos e mãe da menina de 9 anos que estava grávida de gêmeos foram excomungados por arcebispo do Pernambuco depois da interrupção da gravidez



O padre responsável pela Paróquia Imaculada Maria de Opacity - João da Silva revelou esta semana que não excomungaria os responsáveis pelo aborto a que foi submetida uma menina de 9 anos, estuprada pelo padrasto, no Pernambuco. Grávida de gêmeos, a vítima e uma irmã eram violentadas pelo padrasto há três anos. No último dia 4 de março ela foi submetida a uma cirurgia para interromper a gravidez. Após o aborto os dois médicos que fizeram a cirurgia e a mãe da menina foram excomungados pela Igreja. O padrasto que confessou o crime ficou de fora da punição católica.
“Eu tentaria encontrar junto aos familiares uma solução conciliatória, porque acredito que a vida em todas as suas dimensões deve ser preservada e respeitada sempre”, aponta o religioso que assim como a Igreja Católica recrimina o aborto.

Segundo padre João, com todo o avanço da medicina e com base no bom senso, na valorização da vida do feto e nas conseqüências físicas e psicológicas que a mãe pudesse sofrer com o aborto, a família e os médicos deveriam ter apostado no nascimento da criança. “O amor é um princípio libertador capaz de superar qualquer trauma”, justifica o padre, destacando que no caso de arrependimento os excomungados, poderão procurar o bispo e novamente serem reconciliados com a Igreja.

SENSASIONALISMO

O pároco de Opacity também criticou a conduta da imprensa brasileira, que segundo ele, tem agido de forma reducionista e sensacionalista, ao analisar a postura de alguns pastores da Igreja. Para ele, não pode haver generalização. “A Igreja é uma pluralidade de pensamentos e posturas, apesar de ter o Código de Direito Canônico que regula a caminhada evangelizadora. Nela há bispos, padres, diáconos e lideranças de um modo geral que possuem opiniões diversas e, isso é bom que aconteça, porque é nas diferenças que crescemos. No caso específico do arcebispo de Olinda, trata-se de um bispo de tradição conservadora em suas posições com relação à doutrina oficial da Igreja”.

Sobre o fato de a Igreja considerar o aborto um crime mais grave que o estupro, padre João também justificou a posição do catolicismo. “A Igreja Católica entende que os danos causados pelo crime do estupro podem ser acompanhados e revertidos com o apoio de psicólogos, pedagogos, religiosos e o próprio amor da família. Já o aborto é uma violação do direito inegociável e absoluto de todos à vida”, apontou acrescentando que “A vida humana, desde sua concepção, até seu declínio, pertence a Deus e só Ele tem o direito de decidir sobre a existência ou não da mesma”.

ATITUDE DO BISPO PERNAMBUCANO TAMBÉM É DESAPROVADA POR MÉDICO E ADVOGADA DE OPACITY

A advogada Maria Angélica Couto é taxativa ao dizer que discorda do posicionamento de D. José Cardoso Sobrinho de excomungar médicos e a mãe da menina de 9 anos que passou por um aborto depois de engravidar do padrasto que a estuprava. Segundo ela, o Código Penal não pune o aborto praticado por médico em caso de risco de vida para a mãe ou estupro. “As questões psicológicas que se apresentam nesse caso, são severas demais para se impor a uma menina de 9 anos que já foi violentada fisicamente e que certamente não teria estrutura emocional para suportar a gravidez e sabe-se lá se teria condições físicas”, questiona Maria Angélica. “Sem a opção de interromper a gravidez, a sociedade estaria impondo fardo demasiadamente pesado para essa menina carregar pelo resto da vida”, complementa.

Para o médico Joaquim Barreto que há mais de 30 anos atua como anestesista na realização de partos, a polêmica poderia ter sido evitada se o religioso tivesse usado o bom senso e analisado o comportamento da sociedade atual. “Sei que ele está seguindo a doutrina oficial da Igreja Católica, mas, a radicalização nunca foi o melhor caminho para nada. Ele poderia ter ponderado sobre as condições físicas e psicológicas da criança que há 3 anos vinha sendo violentada”.
Segundo o profissional, caso se deparasse com um caso como o do Pernambuco, iria agir da mesma forma que os dois médicos que realizaram o aborto na menina. “Quando me formei, fiz um juramento para salvar vidas em qualquer situação. E neste caso, me parece obvio que eles agiram para preservar a vida da menina que não tinha estrutura física para suportar uma gravidez, ainda mais de gêmeos. A probabilidade de morrer a mãe e as crianças seria enorme”.

Um comentário:

  1. primeiramnte quero dizer que eu tenho 14 qnos e eu vi numa reportage que a mioria da meninas entre 11 ate os 15 tem gravide desejada eu acho que a mae e a culpada disso tudo pois tenque ver quem coloca dentro de sua csa pensa e claro que as meninas nao teriam corage de ce manifesta o abuso sexual acho na minha opiniao

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